quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015


Um Gesto...Infinitas Possibilidades!

É verdade que temos uma enorme responsabilidade sobre nossos gestos e, por outro lado, não temos a menor ideia das inúmeras possibilidades que cada gesto pode criar. Aqui falo de coisas boas, construtivas, agregadoras, impulsionadoras.

Faz oito anos quando fomos à praia, eu e Pedro - meu filho, com Carol, Jeffer e Bia. Era um lindo dia de verão e Jeffer, surfista talentoso e amante dos esportes aquáticos, resolveu dar uma “aulinha de surf” para Pedro. ”Pedro leva jeito, Beth”. Lembro desse comentário de Jeffer, quando saíram da água. Simples assim... Um mês depois, aniversário de Pedro, eis que chega a nossa casa esta família querida com uma, advinhem, prancha de surf para incentivar o aniversariante a mergulhar, literalmente, no mundo do surf.

Quem diria, aquele presente, fruto de um olhar diferenciado e um gesto carinhoso de nossos amigos paulistas, foi a borboleta que bateu asas no Oriente e gerou grandes mudanças no Ocidente. A partir daquele dia, Pedro iniciou suas aulas de surf e um movimento de “esporte é vida” se instalou em nossa família. Marcílio, meu marido, resolveu também começar a surfar, sonho antigo da época da adolescência, nunca posto em prática. Meu cunhado Marcelo, surfista “aposentado”, voltou às ondas, assim como outros amigos “coroas”. Pedro também incentivou a ala jovem, trazendo para as águas de Yemanjá vários amigos pré-adolescentes: Mateus, Zé, Vitor, Daniel, Joãozinho e outros.

Agora a aula de surf era uma verdadeira tribo! Mahalo, Bilabong viraram marca de roupa no armário; Canal Off para acompanhar os campeonatos na tv, Mineirinho, Kery Slater, Medina, nomes de ídolos e referências na técnica. Os “coroas” viraram a turma master com categoria específica nos campeonatos da escolinha de surf. O movimento não parou por aí. Alguns desses foram fazer surf internacional em El Salvador.

Um belo dia de 2009, Pedro argumenta com Marcílio que seria ótimo terem um espaço em Itacimirim, a praia onde costumam surfar, para alojar as pranchas depois das aulas e poder curtir o fim-de-semana na Estrada do Coco, sem a canseira da volta depois de horas na água. Mais uma vez o movimento se fez presente e, alguns dias depois, Marcílio e Marcelo estavam negociando um terreno pertinho da praia para construir um village. Não um village qualquer, o “village dos surfistas”, dos amantes de esportes aquáticos, pois os amigos surfistas foram convidados a fazer parte desse recanto paradisíaco.

Hoje, passados seis anos, O Recanto Isla Margarita é o símbolo daquela prancha de surf que foi dada a Pedro em 2007. Aquela prancha que se tornou a representação da beleza dos nossos gestos, do convite ao olhar que observa o outro e descobre talento, do poder de agregar pessoas em torno de um prazer comum, de trazer o esporte para dar leveza ao cotidiano. Aquela prancha que hoje me inspira a contar esta história da nossa família como forma de agradecer aos nossos amigos Jeffer, Carol e Bia.

Obrigado amigos por aquele dia lindo de sol no verão de 2007! Que novos lindos gestos de amor possam deixar nosso mundo cada vez melhor!