segunda-feira, 14 de julho de 2014

Simplesmente meu olhar

Ir a Roma e não ver o Papa!

O Brasil fez a Copa em casa e não jogou “em casa”. O Maracanã, um dos maiores e mais famosos estádios do mundo, cartão-postal do Rio de Janeiro, orgulho de torcedores e torcidas, não verá pisar, em seu gramado, a seleção brasileira de futebol 2014. O dono da festa não vai aparecer!

Será que o sentimento de arrogância, de superioridade, de megalomania, tomou conta dos organizadores de todas as esferas desta “Copa das Copas”, a ponto de imaginar a presença do Brasil como certa na final, ignorando a competência das demais seleções?  Esta foto histórica não estará no Museu do Futebol!

Felizes Alemanha, Argentina, Equador, França, Espanha, Chile, Bósnia, Bélgica, Rússia, Colômbia e Uruguai que sentiram a força e a beleza do gigante Maracanã!

Falha Nossa!

·         Os louros não garantem o ouro

Como donos da casa, tivemos cadeira garantida na Copa e talvez por isso não tenhamos formado o time da melhor forma como as demais seleções na árdua disputa por uma vaga.

·         Uma andorinha só não faz verão

Temos uma seleção que não se vê como equipe e não é tratada como equipe, vide as entrevistas e reportagens. São os talentos individuais sobressaindo-se a necessária soberania do grupo.

Quando um componente sai, o grupo se reorganiza para manter a sua própria existência como grupo. Todos são iguais perante o grupo e somente diferentes em suas expertises, em seus papéis.

·         Cada macaco no seu galho

Técnico é técnico, professor é professor e pai é pai.

Uma equipe de seleção, competitiva por natureza, com os melhores talentos escolhidos, sabe o que fazer em campo; o técnico é o profissional que aglutina esses talentos usando as táticas mais eficazes contra cada oponente especificamente. Por isso, técnico não é professor, ele não ensina nada que cada jogador já não saiba. Ele é o profissional que tem uma visão mais ampliada do jogo e da sua equipe e, por isso, potencializa os talentos em campo. Cabe a ele fazer uma avaliação criteriosa de cada jogador a cada jogo, para resolver as deficiências que estejam ocorrendo.

O futebol permite três alterações ao longo do jogo para que o técnico faça os ajustes necessários, assim que se façam importantes e urgentes, para manter o objetivo do jogo – fazer gols e ganhar.

A seleção brasileira não é a família Scolari, o técnico não é o pai, seus jogadores não são seus filhos e não devem se comportar como tal. Sentimentos e emoções muito contraditórios surgem quando um profissional se coloca neste papel. A seleção brasileira é um time de jogadores profissionais muito bem pagos para fazer o que melhor sabem – jogar bola com excelência.

·         Vencer uma batalha não é ganhar uma guerra

Jogamos contra o Chile, talvez o mais forte opositor na chave do Brasil, e ganhamos arduamente nos pênaltis. Um mau sinal para um time brasileiro que tantas vezes jogou e ganhou da seleção chilena com mais tranqüilidade. O que acontece no final?  Um mar de choro, de cabeças baixas, aliás, os jogadores brasileiros estavam de cabeça baixa ao entrar em campo contra a Alemanha!

Os jogadores brasileiros jogam em sua maioria na Europa, onde anualmente são exigidos em campeonatos e quando chegam aqui, na seleção, é um tal de chorar, de rezar, de se ajoelhar....

Felipe Scolari diz que o Brasil deu um branco com o primeiro gol da Alemanha. Como assim? A seleção brasileira não esperava que a forte e muito bem preparada Alemanha fizesse um gol? Poupe-me!!!
                                                       
                                                                                                                                            
  Política, Futebol e Religião não se misturam!

·         O Papa é argentino e Deus não é mais brasileiro.

Dá nisso misturar futebol e religião. Agora que até Deus cansou, só restou o padre da esquina.                                                                           
·        A “Copa das Copas” deixa, na lembrança de todos que acompanham futebol, a vexatória maior goleada tomada pela seleção brasileira na sua história.

Que os próximos governantes pensem duas vezes antes de usar uma Copa como marketing político para que um presidente da República seja mais bem tratado em campo e possa entregar o troféu ao vencedor com um sorriso anfitrião.
Lembrete!

Que todos nós, brasileiros, lembremos que futebol é apenas futebol e que em 2018, na Rússia, com uma temperatura muito diferente da nossa, a vibração verde e amarela contagie nossos jogadores e o país que nos acolherá e, quem sabe, possamos gritar o HEXA que por quatro anos ficará entalado em nossas gargantas.