Ir a Roma e não ver o Papa!
O Brasil fez a Copa em casa e não
jogou “em casa”. O Maracanã, um dos
maiores e mais famosos estádios do mundo, cartão-postal do Rio de Janeiro,
orgulho de torcedores e torcidas, não verá pisar, em seu gramado, a seleção
brasileira de futebol 2014. O dono da festa não vai aparecer!
Será que o sentimento de
arrogância, de superioridade, de megalomania, tomou conta dos organizadores de
todas as esferas desta “Copa das Copas”, a ponto de imaginar a presença do
Brasil como certa na final, ignorando a competência das demais seleções? Esta foto histórica não estará no Museu do
Futebol!
Felizes Alemanha, Argentina, Equador,
França, Espanha, Chile, Bósnia, Bélgica, Rússia, Colômbia e Uruguai que sentiram
a força e a beleza do gigante Maracanã!
Falha Nossa!
·
Os louros
não garantem o ouro
Como donos da
casa, tivemos cadeira garantida na Copa e talvez por isso não tenhamos formado
o time da melhor forma como as demais seleções na árdua disputa por uma vaga.
·
Uma
andorinha só não faz verão
Temos uma
seleção que não se vê como equipe e não é tratada como equipe, vide as
entrevistas e reportagens. São os talentos individuais sobressaindo-se a necessária
soberania do grupo.
Quando um componente sai, o grupo se
reorganiza para manter a sua própria existência como grupo. Todos são iguais
perante o grupo e somente diferentes em suas expertises, em seus papéis.
·
Cada
macaco no seu galho
Técnico é técnico, professor é
professor e pai é pai.
Uma equipe de
seleção, competitiva por natureza, com os melhores talentos escolhidos, sabe o
que fazer em campo; o técnico é o profissional que aglutina esses talentos
usando as táticas mais eficazes contra cada oponente especificamente. Por isso,
técnico não é professor, ele não ensina nada que cada jogador já não saiba. Ele
é o profissional que tem uma visão mais ampliada do jogo e da sua equipe e, por
isso, potencializa os talentos em campo. Cabe a ele fazer uma avaliação
criteriosa de cada jogador a cada jogo, para resolver as deficiências que
estejam ocorrendo.
O futebol permite três alterações ao longo
do jogo para que o técnico faça os ajustes necessários, assim que se façam
importantes e urgentes, para manter o
objetivo do jogo – fazer gols e ganhar.
A seleção
brasileira não é a família Scolari, o técnico não é o pai, seus jogadores não
são seus filhos e não devem se comportar como tal. Sentimentos e emoções muito
contraditórios surgem quando um profissional se coloca neste papel. A seleção
brasileira é um time de jogadores profissionais muito bem pagos para fazer o
que melhor sabem – jogar bola com excelência.
·
Vencer
uma batalha não é ganhar uma guerra
Jogamos contra
o Chile, talvez o mais forte opositor na chave do Brasil, e ganhamos arduamente
nos pênaltis. Um mau sinal para um time brasileiro que tantas vezes jogou e
ganhou da seleção chilena com mais tranqüilidade. O que acontece no final? Um mar de choro, de cabeças baixas, aliás, os
jogadores brasileiros estavam de cabeça baixa ao entrar em campo contra a
Alemanha!
Os jogadores
brasileiros jogam em sua maioria na Europa, onde anualmente são exigidos em campeonatos
e quando chegam aqui, na seleção, é um tal de chorar, de rezar, de se
ajoelhar....
Felipe Scolari
diz que o Brasil deu um branco com o primeiro gol da Alemanha. Como assim? A
seleção brasileira não esperava que a forte e muito bem preparada Alemanha
fizesse um gol? Poupe-me!!!
Política, Futebol e Religião não se misturam!
·
O Papa é argentino e Deus não é mais brasileiro.
Dá nisso
misturar futebol e religião. Agora que até Deus cansou, só restou o padre da esquina.
· A “Copa das Copas” deixa, na lembrança de todos
que acompanham futebol, a vexatória maior goleada tomada pela seleção
brasileira na sua história.
Que os
próximos governantes pensem duas vezes antes de usar uma Copa como marketing
político para que um presidente da República seja mais bem tratado em campo e
possa entregar o troféu ao vencedor com um sorriso anfitrião.
Lembrete!
Que todos nós, brasileiros,
lembremos que futebol é apenas futebol e que em 2018, na Rússia, com uma
temperatura muito diferente da nossa, a vibração verde e amarela contagie
nossos jogadores e o país que nos acolherá e, quem sabe, possamos gritar o HEXA
que por quatro anos ficará entalado em nossas gargantas.